quinta-feira, 22 de abril de 2010

ARMADURA

O efeito da armadura, isto é as notas que ela afeta, transformando-as em sustenidos ou bemóis, permanece por toda a peça ou movimento, a menos que seja anulado por outra armadura. Por exemplo, uma armadura com cinco sustenidos é colocada no início de uma peça. Toda nota La que aparecer na música em qualquer oitava será executada como um La sustenido, a menos que precedida por algum acidente . Por exemplo, o La na escala acima —; a penúltima nota —; é tocado como um La sustenido mesmo estando uma oitava acima da posição onde o sustenido na nota La foi indicado na armadura.

Geralmente, quando há apenas um sustenido, este deve ser o Fa sustenido. A seqüência de sustenidos e de bemóis é rígida em música desde o período de prática comum (1600 a 1900). A ordem dos sutenidos e bemóis é mostrada a seguir. No século XX, compositores como Bartók e Rzewski (ver abaixo) começaram a fazer experimentações com armaduras não convencionais que não obedeciam à ordem padrão.
Nas partituras que contêm mais de um instrumento, a escrita para todos os instrumentos é feita com a mesma armadura.

Exceções:
  • Se o instrumento é um instrumento transpositor (em que a música tem que ser escrita numa tonalidade diferente);
  • Se o instrumento é um instrumento de percussão, sem tonalidade definida;
  • Por convenção, muitos compositores omitem a armadura nas partes da trompa. Isto talvez seja uma reminiscência do passado, dos primeiros dias dos metais, quando se acrescentavam extensões curvas às trompas para aumentar o comprimento do tubo, alterando a tonalidade do instrumento;
  • Nas partituras do século XV, "armaduras parciais" nas quais as diferentes vozes, têm armaduras diferentes, são bastante comuns; entretanto isto se deriva dos hexacordes diferentes em que as partes foram implicitamente escritas e o uso da expressão armadura pode ser engandor a música desse período e anteriores.
 
Relação entre a armadura e a tonalidade


A armadura da clave e a tonalidade são objetos diferentes: a armadura da clave é tão somente um recurso de notação. Ela é conveniente, principalmente para a música diatônica ou tonal. Algumas peças que mudam a tonalidade (modulam) inserem uma nova armadura na pauta enquanto que outras usam acidentes: sinais de bequadro para neutralizar a armadura e outros sustenidos e bemóis para a nova tonalidade.
Para um dado modo a armadura define a escala diatônica que a obra musical usa. A maioria das escalas necessitam que algumas notas sejam consistentemente modificadas por sustenidos ou bemóis. Por exemplo na tonalidade de Sol maior a nota que define o tom é o Fá sustenido. Portanto a armadura associada à tonalidade de sol maior é a armadura com um sustenido. No entanto, o fato de se ter uma armadura com um sustenido não garante que a tonalidade da obra seja Sol maior. Muitos outros fatores determinam a tonalidade de uma peça. Isto é particularmente certo com relação aos tons menores. A famosa Tocata e Fuga em Ré menor, BWV 538 (Tocata e Fuga Dórica) de Bach, é assim chamada porque, embora seja em Ré menor, não possui armadura, implicando que é em Ré Dórico. No lugar da armadura, as notas Si bemol necessárias para a tonalidade de Ré menor são escritas com acidentes tantos vezes quantas forem necessárias.
Duas tonalidade que compartilham a mesma armadura são chamadas de tonalidades relativas.
Quando os modos tais como o lídio e o dórico são escritos utilizando as armaduras eles são chamados de modos transpostos.

Armadura
Sem sustenidos ou bemóis - Dó maior ou Lá menor







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